Entenda as mudanças no corpo feminino após os 40 anos
Com a chegada do climatério e da menopausa, muitas mulheres percebem uma mudança importante: o peso corporal parece responder de forma diferente, mesmo com os mesmos hábitos de antes. Isso não é imaginação — é uma transformação fisiológica real, com base hormonal e metabólica.
A partir dos 40 anos, o metabolismo feminino começa a desacelerar. Alterações nos níveis de estrogênio, progesterona e testosterona modificam a forma como o corpo armazena e queima gordura. O padrão de acúmulo, que antes era mais concentrado nos quadris e coxas, passa para a região abdominal — e essa gordura visceral tem implicações importantes para a saúde, como maior risco de diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares.
Por que o emagrecimento fica mais difícil na menopausa?
Estudos mostram que, durante o climatério, é comum um ganho de 2 a 5 quilos — mesmo em mulheres que não alteraram a alimentação ou o nível de atividade física. Isso ocorre porque:
- O metabolismo desacelera naturalmente;
- Há perda de massa muscular (sarcopenia), o que reduz o gasto calórico;
- A queda de estrogênio afeta neurotransmissores como a serotonina, aumentando a vontade de consumir doces e carboidratos;
- O sono costuma ser prejudicado, interferindo na regulação hormonal do apetite.
Essa combinação favorece o acúmulo de gordura abdominal e dificulta o emagrecimento, muitas vezes gerando frustração e sensação de perda de controle sobre o corpo.
Como ajustar hábitos para lidar com essas mudanças?
Apesar das dificuldades, é possível atravessar essa fase com saúde, equilíbrio e leveza. Veja algumas estratégias eficazes:
1. Revisar a alimentação com consciência: Reduza ultraprocessados, excesso de carnes vermelhas e açúcar. Priorize proteínas magras, vegetais, fibras e gorduras boas (como castanhas, azeite de oliva e abacate).
2. Valorizar os exercícios de força: A musculação ajuda a preservar a massa magra e manter o metabolismo ativo, além de prevenir a sarcopenia.
3. Investir na qualidade do sono: Dormir bem é fundamental para o equilíbrio hormonal e o controle do apetite.
4. Cuidar do emocional e do estresse: Oscilações de humor e ansiedade podem levar a escolhas alimentares menos saudáveis. Práticas de autocuidado, como meditação e terapia, fazem diferença.
5. Buscar orientação médica personalizada:
Cada mulher atravessa essa transição de forma única. Avaliações clínicas e exames atualizados são essenciais para definir a melhor abordagem — com ou sem reposição hormonal.
Conclusão
O corpo muda — mas isso não significa perder o controle sobre ele. Com informação de qualidade, ajustes de rotina e apoio profissional, é possível passar por essa fase com saúde, bem-estar e autonomia.