A menopausa representa uma fase de intensas transformações no organismo feminino. Entre todas elas, uma merece atenção especial: o impacto da queda hormonal sobre a saúde cardiovascular. As alterações no estrogênio mudam a forma como o corpo regula o colesterol, a pressão arterial e a inflamação, o que pode elevar o risco de doenças cardíacas ao longo dos anos.
Este artigo explica por que isso acontece e como cuidar do coração durante essa fase de transição.
O papel do estrogênio na proteção cardiovascular
O estrogênio exerce funções importantes no sistema cardiovascular. Entre suas ações fisiológicas estão:
• Manutenção da flexibilidade das artérias
• Melhora dos níveis de colesterol HDL, considerado cardioprotetor
• Redução do LDL, associado ao risco de placas ateroscleróticas
• Regulação de mediadores inflamatórios dentro dos vasos
Esses mecanismos contribuem para um equilíbrio metabólico e vascular mais favorável, reduzindo o risco de hipertensão e doenças cardíacas.
A queda hormonal na menopausa e suas consequências
Durante a menopausa, a produção de estrogênio diminui de forma significativa. Com isso, o organismo perde parte desse efeito protetor, o que pode resultar em:
• Maior predisposição à pressão alta
• Alterações no perfil lipídico
• Tendência ao acúmulo de gordura abdominal, considerada mais perigosa para o coração
A gordura visceral está associada a maior inflamação, resistência à insulina e risco cardiovascular aumentado. Por isso, muitas mulheres passam a ter exames alterados justamente nesse período.
Este risco é definitivo?
Não. A menopausa não determina que uma mulher terá doença cardiovascular. Ela indica, porém, que existe uma janela de vulnerabilidade fisiológica que deve ser acompanhada com cuidado.
Com estilo de vida adequado e acompanhamento médico, é possível manter a saúde do coração e reduzir significativamente esses riscos.
Estratégias essenciais de prevenção
Algumas ações práticas ajudam a proteger o sistema cardiovascular nessa fase da vida:
• Monitorar pressão arterial, colesterol e glicemia
• Manter atividade física regular
• Priorizar uma alimentação equilibrada
• Cuidar da qualidade do sono
• Reduzir estresse
• Avaliar, junto ao médico, a necessidade de terapia hormonal quando indicada
Pequenos ajustes, quando iniciados precocemente, fazem diferença real na saúde a longo prazo.
Conclusão
A menopausa é uma etapa natural da vida, mas requer atenção especial ao coração. Entender o impacto da queda hormonal e adotar medidas preventivas é fundamental para atravessar essa fase com segurança, vitalidade e longevidade.
Acompanhamento médico regular e orientações individualizadas permitem identificar riscos precocemente e definir as melhores estratégias de cuidado.
Se você tem sintomas, dúvidas ou alterações recentes nos exames, procure avaliação com um especialista em saúde feminina. Cuidar do coração é cuidar do futuro.
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